Elida Juliane
Forum Replies Created
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Olá, Thais, tudo bem?
Trata-se de uma disfunção de modulação sensorial descrita, no entanto, na literatura há pouca descrição sobre o tratamento. Segundo Bundy e Szklut , no livro Sensory Integration: Theory and Practice 3 ed, as respostas aversivas ao movimento podem ser abordadas de forma mais eficaz através da reabilitação vestibular,.
No livro diz assim: “Embora atividades que proporcionem movimento linear aliado à resistência ativa (isso é, propriocepção) possam ajudar a minimizar as respostas negativas, as respostas aversivas podem ser graves o suficiente para impedir o progresso na terapia de ISA. Portanto, podem ser abordadas de maneira mais eficaz através da reabilitação vestibular”. (p. 308).
Agora sobre minha experiência clínica com essas crianças, até hoje só atendi duas, ambas crianças típicas que se beneficiaram da IS e tiveram alta por melhora. Usei com elas o principio da combinação entre o vestibular linear e a propriocepção.
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Fico feliz em ter ajudado! Precisando, estamos aqui.
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Elida Juliane
Member04/12/2023 às 13:14 in reply to: Estratégias de regulação para Defensividade TátilOlá, Dayana, tudo bem?
Você pode indicar a massagem com pressão profunda por todo corpo, e seria mais interessante que fosse com uma bola terapêutica ou com uma almofada, assim evitamos a resposta exagerada ao toque social.
Também você pode indicar atividades de propriocepção para esses ambientes (carregar objetos pesados, empurrar, atividades de descarga de peso, etc), mas o principal é sempre evitar que a criança entre em contato com as texturas aversivas. Acredito que todos os que convivem com a criança precisam ser esclarecidos sobre como a hiper resposta é algo neurológico e que situações do dia a dia podem ser disparadores de um comportamento desorganizado.
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Olá Dayana, tudo bem?
Existem alguns cursos para a aplicação do VMI, mas apenas com o leitura do manual você consegue aplicar e pontuar tranquilamente.
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OI Thais, tudo bem?
Podemos indicar os mordedores em casos de baixa percepção oral, em alguns casos de hiper-resposta tátil (como uma entrada de um estímulo inibitório) e em alguns casos de déficits na ideação. Sendo que nesse último item, o uso de mordedor vai ser apenas uma transferência do hábito para outro objeto, não é um tratamento.
É importante que, ao indicar um mordedor, os pais sejam informados sobre a importância de comprar materiais de qualidade (material resistente), para evitar um risco de engasgo ou que a criança engula partes do objeto. Particularmente eu gosto dos materiais da Ark.
Att Elida
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OI Thayse, tudo bem?
Aconteceu algo nesse intervalo que ele fazia no vaso e depois parou?
Quantos anos tem a criança?
Em relação à defensividade tátil, todas as questões sanadas?
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Vamos pensar nos conceitos em si e assim acredito que você vai conseguir pensar mais direcionado aos sistemas sensoriais.
Uma hipertresposta é caracterizada pela resposta desproporcional (mais intensa) ao estímulo que não seria aversivo à maioria das pessoas. Normalmente observamos o comportamento de esquiva ao estímulo ou desorganização após a experiência.
Além disso, costumam ser crianças hipervigilantes, prontas para lutar ou fugir. Elas sempre estão atentas às possíveis “ameaças” do ambiente, ou seja, com nível de alerta alto. Nesse quesito,
” importante lembrar que elas podem apresentar tanto o nível de atividade alto como baixo (**na
Insegurança Gravitacional o mais comum é o nível de atividade baixo).
Já a hiporresposta é a resposta MENOR à informação sensorial, o comportamento mais evidente é a necessidade de maior intensidade ou duração do estímulo para que ele seja percebido. Além disso, costumam ser hipovigilantes, ou seja, o nível de alerta baixo. E assim como a criança com hiper resposta, ela pode a ter o nível de atividade alto ou baixo.
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OI Thayse, tudo bem?
Vocês já fizeram a análise funcional desse comportamento? Ela faz isso em quais situações?
Uma estratégia é o uso de luzinhas de neoprene para evitar que a criança se machuque, enquanto vocês trabalham as demais estratégias para trabalhar a origem desse comportamento.
Dentro da IS, qual o diagnóstico dela?
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Qualquer coisa, volte aqui para perguntar!
=)
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Agora que vi você explicando que ele não fala, a dificuldade na comunicação pode ser um grande disparador do comportamento de se morder. Vale, de novo, conversar com a equipe sobre estratégias que favoreçam a comunicação (e que não necessariamente vai envolver a fala).
Sobre ele possuir disfunções em diversos sistemas, isso é bem comum, assim como a concomitância das disfunções de modulação e práxis. Então se ele possui alguma questão de modulação, você deve intervir nisso primeiro para depois em relação à práxis.
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Quando você traz essas duas situações: irratado ou ocioso, me faz pensar em ir na origem das dificuldades. Ele fica ocioso e não sabe o que fazer no ambiente por uma dificuldade na ideação? Então vale investir nisso nas suas sessões.
Agora sobre o irritado, vamos a alguns a algumas perguntas e possíveis estratégias:
ele possui estratégias de comunicação?
Se não, conversar com a equipe sofre isso.
Será que a demanda ofertada não está superior ao que ele é capaz de responder no momento e por isso ele fica nervoso?
Se sim, provavelmente você precisa ajustar a demanda das atividades, pois não pode ser difícil de mais nem fácil demais, sempre o desafio na medida certa.
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Desculpe, o corretor me traiu, heheheh, luvinhas de neoprene.
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É sempre importante a gente refletir sobre nossa técnica e nossas expectativas, pois às vezes estamos cobrando demais da criança o que ela ainda não está pronta para nos ofertar.
Fico feliz com a sua indicação!
Grande abraço
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Mesmo assim, Cris, precisamos então analisar o porquê a criança está resistindo tanto: a atividade é extremamente difícil para as habilidades que ela possui? Existe algum estímulo sensorial que faz com que ela apresente essa resistência tão grande (tátil, vestibular)? existe alguma forma de tornar a atividade mais envolvente? Lembre do meu atendimento com o Lucas, eu o redireciono várias vezes, mas tento ao máximo que ele participe mais ativamente.
Precisamos sempre nos perguntar: por que eu quero tanto que ela faça exatamente assim? Se ficar claro em seu raciocínio o benefício, você segue. Se você pensar que existem outras alternativas, vale a pena tentar. E em alguns casos é só mudando a forma de ofertar, incluir algo tangível, etc.
Senão você não correr o risco dela apenas cumprir por cumprir e você não ter nenhuma resposta adaptativa. ou pior, ela simplesmente cumprir chorando a atividade e na próxima vez nem querer ir à sessão.
<font face=”inherit”>Com carinho, </font>Elida<font face=”inherit”>. </font>
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Isso é exatamente igual.
Normalmente deixamos mais cheias, porque quando você deixa mais vazio ela cede mais quando senta. Não precisa ter medo de usar ela não hehehehe!