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Motivação X engajamento
Postado por Cristina Camargo on 28 de setembro de 2023 at 00:07Elida, pensamento na teoria de IS, o quanto se fala da motivação intrínseca, mas pensando nas nossas crianças TEA, quando comecei a assistir o atendimento do Lucas, posso pensar de uma maneira mais diretiva que: com crianças TEA, principalmente, em inicio de atendimento em IS, “pouco repertorio”, problemas de ideação… enfim …priorizo o engajamento e atividades que sei que a criança irá gostar e favorecer os objetivos terapêuticos?
Elida Juliane respondeu 1 year, 3 months ago 2 Membros · 5 Respostas -
5 Respostas
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OI Cris, tudo bem?
Acredito que você não chegou nessa parte do curso ainda, mas realmente, com crianças com pobre propósito precisamos ser mais diretivos e conduzir a sessão com mais frequência. É importante que você considere as preferências da criança, mas não podemos nos apoiar apenas nesse critério, precisamos estar atentas ao quanto a “preferencia”é funcional ou não, por exemplo, a criança apenas quer correr pelo parque a sessão toda, será que estaremos sendo eficientes se só fizer isso?
Vou esperar você assistir as aulas sobre essa parte e depois, se restar alguma dúvida, mande aqui!
Até mais.
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Oi Elida, muito obrigada pela resposta. Estou na aula de ambiente terapêutico, passei pela aula de praxis a qual vc explica justamente esta parte. Mas fiquei com um dúvida sobre “jamais impor a atividade para a criança”, mas esse jamais, seria impor uma atividade pronta, completa, sem conhecermos a criança, certo? No caso de ja conhecermos a criança, ja sabermos as suas necessidades, podemos direcionar as atividades conforme nossos objetivos terapêuticos?
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Mesmo assim, Cris, precisamos então analisar o porquê a criança está resistindo tanto: a atividade é extremamente difícil para as habilidades que ela possui? Existe algum estímulo sensorial que faz com que ela apresente essa resistência tão grande (tátil, vestibular)? existe alguma forma de tornar a atividade mais envolvente? Lembre do meu atendimento com o Lucas, eu o redireciono várias vezes, mas tento ao máximo que ele participe mais ativamente.
Precisamos sempre nos perguntar: por que eu quero tanto que ela faça exatamente assim? Se ficar claro em seu raciocínio o benefício, você segue. Se você pensar que existem outras alternativas, vale a pena tentar. E em alguns casos é só mudando a forma de ofertar, incluir algo tangível, etc.
Senão você não correr o risco dela apenas cumprir por cumprir e você não ter nenhuma resposta adaptativa. ou pior, ela simplesmente cumprir chorando a atividade e na próxima vez nem querer ir à sessão.
<font face=”inherit”>Com carinho, </font>Elida<font face=”inherit”>. </font>
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Obrigada pela resposta Elida! Fiquei bastante reflexiva diante a um caso meu que tenho que conduzir bastante, tenho tentando usar sempre o equilíbrio, e esperado mais, é um caso que tem mtas oscilações, já passou por várias trocas de medicamentos, o médico também ja desconfiou de sindrome de Tourret associado ao diagnostico TEA. Foi um caso que levei umas duas vezes para supervisão com a Valeska ja, enfim, acho que também sou eu que preciso trabalhar no sentido de aceitar o prognostico do caso, as limitações da familia. Essa semana em especial ele esta com outras variações de estereotipia e a mãe quer aumentar as sessões comigo, sugeri para ela outra estrategia: vou na escola e na casa durante o mes de novembro, duas visitas em cada local, orientar as ATs para que elas possam utilizar de estratégias que possam ajudar o pequeno para alem do meu consultorio.
Estou quase finalizando o curso! Ja indiquei para algumas alunas minha de supervisão fazer!!!
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É sempre importante a gente refletir sobre nossa técnica e nossas expectativas, pois às vezes estamos cobrando demais da criança o que ela ainda não está pronta para nos ofertar.
Fico feliz com a sua indicação!
Grande abraço
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