• Postado por GABRIELY on 8 de fevereiro de 2024 às 13:48

    1. Criança do sexo masculino, 2 anos, sentou com 8 meses, andou com 2 anos. Busca por movimento constantemente (correr, girar em torno de si mesmo). Tem seletividade alimentar, porém apresenta uma busca oral muito grande. Evita tocar texturas molhadas (amoeba).

    2. Criança do sexo feminino, 6 anos, cognitivo bastante prejudicado. Busca por propriocepção constantemente, apresenta comportamentos auto e heterolesivos (que escalonam no sentido de: tapa, beliscão, mordida, bater a cabeça). Seletiva alimentar, recusa qualquer tipo de textura molhada ou seca, quando apresentada, só de olhar, apresenta ânsia de vômito,

    Eu li essas situações como discriminação tátil inadequada + barreira comportamental (já que são bastante rígidas na hora de brincar, ambas possuem muitos rituais, o que levou eles a não ter experiências sensoriais suficientes para explorar as texturas com confiança e conforto atualmente).
    Em nenhum dos casos eu vi como uma hiperresposta tátil, porque eu não vi alteração no nível de alerta e atividade.

    Nas intervenções invisto em imput inibitório (por segurança) e realizo aproximação sucessiva das texturas e brinquedos novos, e quando acontece, a criança explora a textura por bastante tempo.

    O que você acha desse raciocínio? Pra onde eu posso olhar, para definir melhor se é discriminação inadequada ou hiper resposta tátil?

    Elida Juliane respondeu 1 year, 2 meses atrás 2 Membros · 1 Reply
  • 1 Reply
  • Elida Juliane

    Member
    12 de fevereiro de 2024 às 20:18

    Olá Gabriela, tudo bem?

    Vamos analisar cada caso individualmente:

    Caso 1: A criança tem seletividade alimentar, mas faz buscas orais. Me explique melhor o que é a busca oral, quais tipos de alimentos ele aceita e desde quando o comportamento alimentar difícil surgiu, pois assim podemos pensar se há a possibilidade de descartar a defensividade tátil ou não. Sobre a pobre discriminação tátil, você precisa analisar as habilidades que são produtos desse processamento: a criança manipula de forma equivalente às crianças da mesma faixa etária? Como é o esquema corporal? Sobre o evitar tocar texturas, isso resume-se à amoeba?

    Caso 2: Será mesmo que não é um caso de defensividade tátil? Quando você me diz que só de olhar para a textura ela tem ânsia acabo pensando que isso é um sinal de desorganização, assim como a tendência aos comportamentos agressivos e o sobreuso proprioceptivo.

    Sobre o raciocínio de que elas evitavam as texturas e isso levou a uma pobre discriminação, é algo que realmente pode acontecer, mas questiono-me se realmente a evitação é puramente relacionada à rigidez (e indo mais à fundo, por que essa rigidez se instalou?)

    espero suas respostas para continuarmos no raciocínio.

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